2ª Guerra Mundia: A preparação, o decurso e as consequências da II Guerra Mundial

A preparação, o decurso e as consequências da II Guerra Mundial

A Europa e o Mundo nas vésperas da II Guerra Mundial
A Alemanha, considerada responsável pelo primeiro conflito mundial e potência derrotada no mesmo, foi amputada territorialmente, desarmada e obrigada a pagar pesadas indemnizações de guerra.

Na Europa Central e Oriental, o desaparecimento do Império Austro-Húngaro, repartido por numerosos pequenos Estados, cujas fronteiras não tiveram em conta a questão das nacionalidades, abriu campo para novos conflitos, já que os países vencedores estavam fundamentalmente preocupados em neutralizar o expansionismo da URSS.

A Itália, apesar de estar incluída no rol dos países vencedores, lastimava-se igualmente da sua sorte, já que não tinha visto satisfeitas as suas reivindicações territoriais na Dalmácia e na Albânia, e o Japão considerava insatisfatórios os domínios adquiridos na Ásia.

As decisões saídas da Conferência de Paris, realizada entre Janeiro de 1919 e Janeiro de 1920, continuaram a alimentar os rancores e a estar na origem dos conflitos entre as duas guerras mundiais, ainda que, na década de 1920, tenha havido vontade politica de construir uma paz estável, como sejam os casos da:
  • Conferência de Washington, em Fevereiro de 1 922, que limitava as frotas de cada um dos países de acordo com um ratio determinado.
  • Acordos de Locarno, de 5 a 16 de Outubro de 1 925, estabelecendo a reconciliação franco-alemã, de curta duração, e a convocação da comissão preparatória de desarmamento em Genebra, em Maio de 1926.
No período entre as duas guerras mundiais, a Alemanha procurou mudar o curso da política europeia em função das suas próprias ambições. Até 1936, a política externa alemã pautou-se por dar um lugar central aquele país na economia europeia, por meios pacíficos. Isso implicava uma nova divisão da Europa e a redefinição das respectivas zonas de influência. Esta política permitiu Alemanha integrar novamente a comunidade internacional, pelas seguintes razões:
  • Ao ter um lugar permanente na Sociedade das Nações.
  • Ao conseguir um alívio considerável no pagamento das indemnizações de guerra.
  • Uma evacuação antecipada das tropas aliadas da Renânia, a 1 de Julho de 1930, cinco anos antes da data fixada pelo Tratado de Versalhes.
Nesta primeira fase, caracterizada pela cooperação com os outros países da Europa, Adolf Hitler conseguiu ainda a assinatura de um acordo naval com a Inglaterra, em 18 de Junho de 1935, exprimindo um equilíbrio entre as duas potências, pelo qual a marinha alemã representava 35% da tonelagem britânica, podendo igualmente construir submarinos.

Na realidade, foi o Japão o primeiro país a orientar-se por uma política externa agressiva, a partir de 1931, quando efectuou uma nova intervenção militar na Manchúria, transformando-se esta ocupação em anexação e, posteriormente, num protectorado japonês, na medida em que o Japão passou a controlar o essencial da sua administração.

Causas da II Guerra Mundial

Causas económicas
A prosperidade económica que varreu a Europa na década de 1920 residiu, em grande parte, no poderio industrial e financeiro dos EUA. Assim, a crise económica na bolsa de valores americana, teve inevitavelmente efeitos profundos e nocivos na Europa. Aparentemente, a economia alemã parecia coroada de sucesso, já que:
  • A moeda alemã, entre 1932 e 1939, não sofreu qualquer desvalorização.
  • Existência de pleno emprego.
  • O índice dos bens de produção triplicou praticamente em relação a 1932.
Em resultado do financiamento estatal de grandes trabalhos públicos — como auto-estradas, rearmamento, construções desportivas para os Jogos Olímpicos de 1936 — permitiu estimular o emprego e a produção industrial, ao mesmo tempo que aumentava a divida pública. A grande vulnerabilidade desta economia assentava numa forte importação de matérias-primas, necessárias ao seu programa de rearmamento. Devido a estar completamente desprovida de qualquer reserva de câmbios, foi obrigada nas suas relações comerciais a praticar uma autarcia defensiva baseada na permuta e nos acordos comerciais bilaterais com os pequenos Estados da Europa Central que lhe forneciam as matérias-primas e a energia necessárias ao seu esforço de guerra.

No primeiro semestre de 1936, a crise de importações agravou-se devido à escassez de divisas estrangeiras, obrigando o governo alemão a desenvolver uma política económica de curto prazo, visando tornar o país auto-suficiente no que respeitava a materiais estratégicos. Foi assim lançado o Plano Quadrienal, iniciado em 18 de Outubro de 1936, cujo objectivo era produzir materiais sintéticos capazes de substituírem os produtos naturais inexistentes no seu território nacional. Assim, a indústria química alemã viria a desenvolver a borracha artificial, os têxteis, os plásticos e os combustíveis sintéticos, ao mesmo tempo que se elaboravam projectos para o aproveitamento do minério de ferro, de qualidade inferior, na produção do aço.

Uma das características mais visíveis desta economia era a sua centralização e o autoritarismo, característicos de uma economia de guerra. Com o militarismo da economia passou-se, posteriormente, à ofensiva, na procura de um espaço vital assente em «fronteiras naturais» e à anexação de territórios «racialmente puros».

Causas político-militares

O período que decorreu entre 1930 e 1949 foi atravessado por vários conflitos militares. Apenas vinte anos depois do final da I Guerra Mundial rebentava a segunda confrontação mundial.

Desde 1932 que o capitalismo alemão, de acordo com os seus interesses conjunturais, tinha concluído que a crise económica do pais passava por estabelecer a hegemonia sobre a Europa Ocidental e Central. O abandono da Conferência de Desarmamento de Genebra, em 16 de Setembro de 1932, e da Sociedade das Nações, em 19 de Outubro, abriu caminho para o inicio de uma politica externa agressiva alemã, iniciada em Outubro de 1933. Apos esta decisão, deu-se início ao rearmamento maciço, mesmo antes de Adolf Hitler subir ao poder. A Alemanha procurava alcançar os seus objectivos expansionistas, depois de derrotar a França, o único país europeu que ainda defendia a manutenção da distribuição territorial existente, com a cooperação da Itália e do Japão e a abstenção da Inglaterra. Só a partir de 1938, nas vésperas da II Guerra Mundial, os alemães encararam, pela primeira vez, a possibilidade de confrontação com este país.

No seguimento da rejeição do Tratado de Versalhes, quando já não era possível manter em segredo o projecto de rearmamento alemão, foi efectuado um plebiscito no Sarre, a 13 de Janeiro de 1935, cujo resultado permitiu o retorno deste território ao domínio alemão, em 1 de Margo. A Inglaterra, a França e a Itália reagiram a mais esta violação do Tratado de Versalhes, condenando a acção alemã e manifestando a vontade de estabelecer uma oposição conjunta a quaisquer outras violações do tratado. Posteriormente, a ratificação do tratado «franco-soviético», em 27 de Fevereiro de 1 936, serviu amplamente os interesses alemães, já que foi pretexto para a Alemanha declarar que o mesmo constituía uma violação ao Acordo de Locarno, levando este pais a declarar que se encontrava livre das imposições estipuladas naquele tratado, podendo, por isso, reintroduzir forças militares e fortificações na zona desmilitarizada da Renânia.

Não houve qualquer resposta por parte das grandes potências a este acto de força alemão. Os pequenos países compreenderam então que a sua segurança residia agora apenas na Alemanha e na URSS, obrigando-os a uma nova redefinição das suas políticas externas. A Bélgica foi, entre estes países, o primeiro a renunciar å sua aliança militar com a França e a declarar a sua neutralidade, em 14 de Outubro de 1936.

A Alemanha criou, assim, uma protecção das suas fronteiras ocidentais e orientais. No primeiro caso, uma Bélgica neutral e uma Renânia militarizada protegiam a região industrial do Rhur contra uma potencial investida francesa; a Leste, uma Polónia cooperante era uma barreira à ameaça soviética; no Sul, as pequenas potências foram obrigadas a fortalecer as suas relações com a Alemanha, visando a estabilidade da região. Por seu lado, a Alemanha tirou proveito do novo clima político para expandir a sua influência económica e diplomática em toda a Europa Central e Meridional.

Divisões
Alemanha
França
Inglaterra
Infantaria
135
94
10
Motorizadas
7
3
-
Cavalaria
10
5
1
Blindados
2 600
3
1
Carros
7 700
2 400
600
Canhões
4 500
11 000
1 500
Aviões
135
2 176
550

Anos
Alemanha
EUA
URSS

Aço
(Milhões de Toneladas)
Aviões de Combate
Carros
Aço
(Milhões de Toneladas)
Aviões de Combate
Carros
Aço
(Milhões de Toneladas)
Aviões de Combate
Carros
1940
21,5
10200
2200
60
2140
346
18
-
2800
1941
32
12400
5120
65
19400
4000
14
3950
4750
1942
32
15400
9400
76
47700
25000
5
25450
24700
1943
35
24800
19900
79
86000
29500
8
34900
24000
1944
28
37950
27300
80
95000
17600
11
40300
29000

Causas sociais

Apos a I Guerra Mundial, os recursos europeus encontravam-se, em maior ou menor grau, afectados ou distorcidos pela guerra. Os europeus estavam também mais pobres porque tinham gasto capitais que deveriam ter sido canalizados para o investimento produtivo. Em regiões da Europa Central e Oriental morria-se de fome; a saúde e a resistência física dos povos tinham sido deterioradas por anos de carências e penúria. Os antigos soldados não encontravam emprego nos mercados de trabalho e as classes sociais que viviam de rendimentos viam os mesmos diminuírem devido à inflação.

As primeiras tentativas dos novos governos e regimes para lidar com estes problemas poderão ter piorado ainda mais a situação.

Causas ideológicas

Após o final da I Guerra Mundial, iniciou-se o confronto das ideologias: bolchevismo contra liberalismo, fascismo contra democracia, nazismo contra comunismo, liberalismo contra estalinismo. No discurso entre as várias ideologias há sempre um mesmo fio condutor: a batalha é a do bem contra o mal, reduzido a alguns slogans vingadores e excessivos. A ideologização crescente obedeceu, portanto, à lógica da exclusão, preparando os homens para a fatalidade da guerra. A instrumentalização da ideologia explicou o carácter particular desses confrontos: a sua dimensão planetária ficou a dever-se ao choque de doutrinas exclusivas uma da outra.

O descalabro económico, ocorrido depois da crise internacional de 1929, facilitou uma interpretação ideológica dos acontecimentos daquele período, que, por seu turno, os agravou ainda mais.

A Guerra Civil de Espanha
A Espanha tinha já vivido em ditadura militar, sob a liderança do general Miguel Primo de Rivera, em 1923.
Este pretendeu dar fim a um longo período de instabilidade política, tendo-se esforçado por modernizar o pais, através de um vasto programa de obras públicas.
O seu excessivo protagonismo levou-o a ser marginalizado por diversos sectores da sociedade espanhola, incomodados com a excessiva intervenção do Estado. A crise económica veio acelerar o fim do regime, com os sectores republicanos a estabelecerem um pacto de unidade - o Pacto de San Sebastian, que lhes deu a vitória nas eleições municipais de Abril de 1931. O rei Afonso XIII partiu para o exilio, e a República foi proclamada.
As reformas que foram então realizadas não se revelaram suficientes para sanarem a crise económica, provocando o descontentamento de importantes sectores sociais. Nas eleições de 1933, em consequência das reformas que tinham afectado as grandes corporações do Estado e os proprietários de terras, a «esquerda» viria a ser   derrotada. O novo governo, que veio então a formar-se, começou a ameaçar as reformas aprovadas e, tal como aconteceu noutros países, permitiu igualmente a organização de movimentos para-militares direitistas. Os escândalos financeiros, a expulsão dos camponeses das suas terras e a política deflacionista do governo obrigaram convocação de novas eleições, em Fevereiro de 1936. Graças formação da Frente Popular, agregando socialistas, anarquistas e comunistas, a «esquerda» venceu com uma pequena margem de votos. Perante a passividade do novo governo, os partidos de direita começaram a desenvolver uma série de actos terroristas, conduzindo a um estado de guerra civil.
Esta situação de instabilidade serviu de pretexto para que um grupo de oficiais militares, agrupados na União Militar Espanhola, conspirassem para a execução dum golpe de Estado. O general Francisco Franco viria a desencadear a insurreição militar, a partir do protectorado de Marrocos, em 17 de Julho de 1936, tomando Sevilha e Cádis. Outra frente militar atacou as províncias do Norte, chegando perto da capital. Ainda que os sublevados tivessem conseguido apoderar-se rapidamente de Navarra, Leão e Galiza, da maior parte de Castela e Aragão, e de algumas cidades da Andaluzia, fracassaram em Madrid e Barcelona, deixando nas mãos dos republicanos toda a faixa mediterrânica.
Perante o impasse militar, o apoio internacional tornou-se fundamental. Do lado dos insurretos, a ajuda chegou-lhes dos governos alemão e italiano, que lhes garantiu apoio aéreo, material pesado e um exército de 80 000 homens. O apoio alemão tinha vários objectivos, que passavam pelo acesso a determinadas matérias-primas, como o ferro e o cobre, sem as pagar com divisas estrangeiras e desviar as atenções da Inglaterra e da França do processo de rearmamento alemão.
O apoio militar ao governo republicano foi sustentado pelas forças militares e policiais fiéis, com a colaboração das milícias operárias. No entanto, a causa anti-fascista safa enfraquecida por uma série de tensões ideológicas e de divergências no que respeitava à estratégia militar. Contrapondo ao apoio maciço dos governos fascistas aos insurretos, a França e a Inglaterra criaram um comité de não-intervenção, sediado em Londres, que mostrou logo sinais evidentes de inoperância. Limitou-se apenas a enviar alguns aviões, enquanto a URSS constituiu as Brigadas Internacionais, compostas essencialmente por voluntários franceses e italianos.
Em Março de 1938, quando os sublevados desmoronaram frente de Aragão e dividiram a zona republicana em duas, adivinhou-se um rápido final para o conflito. A queda de Barcelona, em Janeiro de 1 939, marcou o fim das hostilidades militares, enquanto se iniciavam as negociações para a capitulação da capital. Em 1 de Abril a república foi abolida.
A Guerra Civil Espanhola foi o grande ensaio para o início da II Guerra Mundial, já que permitiu testar os novos armamentos e o emprego de novas técnicas de combate.


O início da Guerra: o ataque alemão à Polónia

Com o objectivo de debilitar o sistema de alianças francês na Europa e destruir a Checoslováquia, a Alemanha langou uma campanha para a sua reaproximação à Polónia e à Hungria, estabelecendo igualmente laços com outros dois parceiros da Pequena Entente, a Jugoslávia e a Roménia. A aproximação à Polónia e Roménia visava bloquear o acesso da URSS Checoslováquia, enquanto nos casos da Hungria e da Jugoslávia pretendia que estes dois países resolvessem o estatuto da minoria magiar na Jugoslávia, para que o primeiro destes países se pudesse concentrar nas suas ambições territoriais na Checoslováquia.

As acções diplomáticas foram reforçadas por uma série de políticas comerciais, com o objectivo de subordinar as economias instáveis dos pequenos países da Europa Central economia alemã, em expansão. Desde os anos 30 que a Alemanha se tinha tornado o principal cliente dos excedentes agrícolas desses países por troca com os produtos industriais alemães. A Checoslováquia via-se assim politicamente desprotegida, apesar das alianças bilaterais com a França e a URSS. Aproveitando-se do Ódio que a comunidade germanófila nutria pelo governo checoslovaco, a Alemanha invocou alegadas perseguições e preparava-se, então, para ocupar os montes Sudetas.

Na tentativa de impedir a guerra, a Grã-Bretanha e a França apressaram-se a aceitar as exigências alemãs e realizaram uma reunião em Munique, envolvendo para além destes dois países a Alemanha e a Itália, a 29 de Setembro de 1938. Neste encontro foi estabelecido um acordo que estipulava a evacuação das forças militares checoslovacas do território dos Sudetas, sendo seguida da respectiva ocupação por tropas alemãs. Estas decisões foram transmitidas ao governo checo sob a forma de ultimato, tendo este sido obrigado a assinar a sua capitulação, perante o isolamento internacional a que tinha sido votado.

Como consequência da ocupação da Checoslováquia, todos os outros pequenos Estados da Europa Meridional e do Leste foram obrigados a aceitar a hegemonia alemã na região. Paradoxalmente, a única potência que não aceitou integrar os novos desígnios políticos da Alemanha foi a Polónia, com quem esta tinha encetado uma política de aproximação, com a assinatura de um pacto de não-agressão em 1934. Esta posição polaca viria a ser fortalecida com a mudança radical das políticas britânica e francesa que, após a ocupação alemã da Checoslováquia, iniciaram o seu programa de rearmamento, ao mesmo tempo que procuravam obstruir a agressão alemã.

A recusa da Polónia obrigou a Alemanha nazi a alterar os seus planos militares de dominação europeia que passava por fazer a guerra à Grã-Bretanha e à França, apos anular a ameaça checoslovaca. Um incidente provocado junto fronteira polaca serviu de pretexto para o início da ocupação alemã daquele pais, a 1 de Setembro de 1939, levando os governos inglês e francês a declarar guerra à Alemanha dois dias mais tarde apos a apresentação deram ultimato exigindo a evacuação do território polaco. Em 27 do mesmo mês, o exército alemão entrava em Vars6via, capital da Polónia, dando pretexto à invasão do país.

Entretanto, a URSS invadira também aquele país, esmagando os «contra-revolucionários». Em 28 de Setembro era assinado um novo protocolo germano-russo.

O decurso e as fases da II Guerra Mundial

A guerra na Europa
Apesar da Grã-Bretanha e a França terem declarado guerra à Alemanha, nunca os exércitos destes países ultrapassaram as fronteiras com aquele país, concentrando-se na retaguarda da Linha Maginot. Este compasso de espera permitiu aos dois exércitos rearmarem-se e modernizarem os seus equipamentos. Estes dois países pensavam ainda apoiar-se nos recursos dos seus impérios coloniais e fazer, tal como já tinha ocorrido durante a I Guerra Mundial, o bloqueio Alemanha.

Em 10 de Maio de 1940, os Países Baixos, a Bélgica e o Luxemburgo, países que tinham até então garantido a sua neutralidade, viriam a ser invadidos pelo exército alemão. As forças militares francesas deslocaram-se para o interior da Bélgica para se defrontarem com as tropas alemãs. As divisões alemãs, penetraram pelas Ardenas, considerada até então uma zona inexpugnável, abrindo uma brecha de 60 km e permitindo o seu avanço para o norte. Os exércitos belgas e britânico, bem como três exércitos franceses, foram cercados em Dunquerque, obrigando os mesmos a embarcarem entre 28 de Maio e 3 de Junho, abandonando os seus equipamentos no terreno. Os Países Baixos capitularam em 15 de Maio, seguindo-se a Bélgica, em 27 do mesmo més.

No inicio de Junho, os exércitos alemães avançaram, com 100 divisões, sobre a linha de Aisne e do Somme, obrigando os franceses a uma retirada geral. Uma nova ofensiva alemã provocou o caos, levando à ocupação de Paris em 14 de Junho. O governo francês demitiu-se, ficando o pais dividido: dois terços do território foram ocupados pelos alemães, ficando o Estado francês governado pelo marechal Pétain, que tinha assinado o armistício em Réthondes, em 22 de Junho.

No seguimento da ocupação da França, a Alemanha tentou assinar a paz com a Inglaterra. Este último país recusou a proposta, dando origem à «batalha da Inglaterra», desencadeada em 13 de Agosto de 1940.

Apesar dos constantes ataques aéreos alemães, os ingleses resistiram, protegidos por um sistema de radar muito eficaz e, a partir de Setembro, o projecto de invasão foi abandonado, mantendo-se apenas os bombardeamentos às cidades e fábricas inglesas. A Alemanha tentou ainda isolar os ingleses através de uma prolongada guerra submarina visando o enfraquecimento económico, industrial e militar daquele pais, que se desenvolveu durante todo o período em conflito, e que ficou conhecida pela “batalha do Atlântico”. Apesar de a Alemanha pretender evitar qualquer risco de confrontação imediata com os Estados Unidos da América, a participação dos americanos nesta guerra submarina foi decisiva, ao decidirem alargar a sua zona de segurança e ao terem decidido escoltar os comboios de navios que iam dos EUA para as costas islandesas.

Operarão Leão Marinho foi relegada para segundo Plano, em favor da invasão da URSS. Todavia, esta invasão viria também a ser atrasada quando a Itália, que entrara na guerra em Junho, atacou os Balcãs e o Norte de África, o que obrigou ao desvio das forças alemãs com o intuito de evitar a derrota dos italianos, quebrando as resistências jugoslava e grega e forçando também a rápida evacuação dos exércitos britânicos, presentes a convite daqueles países.

A intervenção fascista na URSS

Em 23 de Agosto de 1939, a Alemanha e a URSS assinaram um tratado de não-agressão. Ambos os países sabiam que este representava apenas um compasso de espera e que o confronto era inevitável. A URSS assinou este documento, pois desconfiava do Ocidente, já que acreditava que este incentivava uma agressão alemã contra o seu território. A Alemanha, pelo contrário, tentava estreitar as relações com aquele país, na tentativa de obter matérias-primas, fundamentais para a sua indústria de armamento. Mas, a partir de Outubro de 1940, Adolf Hitler decidiu-se a iniciar o ataque ä URSS. A Alemanha estava convencida de que era possível abater aquele país numa única campanha e de que era preciso fazê-lo. A partir das suas vit6rias na P016nia, na Noruega, em França e nos Balcãs, os militares alemães estavam convencidos de que dispunham do instrumento de uma vitória relâmpago, assente num exército cuja superioridade não oferecia dúvidas.

Operação Barbarossa viria a desencadear-se a partir de 22 de Junho de 1941, atrasada pelas operações militares que tinham decorrido nos Balcãs e Norte de África, tendo-se desenvolvido a partir de três eixos principais:
  • Em direcção aos Estados bálticos, tendo Leninegrado como objectivo.
  • Em direcção a Moscovo, por Minsk e Smolensk.
  • Em direcção do sul dos Cárpatos, levando à Ucrânia, onde se encontravam as regiões industriais e petrolíferas da URSS.
O exército russo não se encontrava em condições para enfrentar a invasão alemã. Em menos de três meses, Leninegrado foi cercada, a Ucrânia foi conquistada e as tropas alemãs estavam a menos de 20 km de Moscovo. A ofensiva triunfante alemã viria a ser interrompida em Dezembro de 1941, em virtude do Inverno russo.

Este interregno veio alterar dramaticamente a situação militar em favor da URSS. As novas indústrias russas, construídas nos Urais, começaram então a compensar a produção perdida nas regiões da Rússia europeia, dominadas agora pelos alemães. A assinatura do pacto de não-agressão com o Japão, em 13 de Abril de 1941, permitia também à URSS concentrar as suas tropas na frente ocidental.

Na Primavera de 1942, o exército alemão lançou novas ofensivas na Crimeia, no Don, no Cáucaso e em Estalinegrado, até então a primeira cidade industrial russa. Na segunda metade de Agosto, os alemães decidiram intensificar o seu ataque a Estalinegrado, enviando uma parte dos seus regimentos do Sul, atrasando a sua ocupação do Cáucaso. Em 3 de Setembro de 1942, as divisões alemãs encontravam-se às portas daquela cidade russa. Os soviéticos, numa tentativa desesperada para travar o avanço alemão, praticavam a política de «terra queimada», destruindo barragens, incendiando florestas, etc., ao mesmo tempo que procediam a um recrutamento em massa, com vista a reforçar o seu exército.

A partir de finais de Agosto, Estaline reorganizou a defesa da cidade, usando a resistência alemã, enquanto procedia à concentração de tropas para contra-atacar. Em 19 de Novembro iniciou-se a ofensiva soviética contra os regimentos romenos situados a Oeste e a Sul da cidade. Três dias mais tarde, os exércitos russos conseguiram cercar o VI Exército e metade do IV Exército alemães, bem como algumas unidades romenas. Os alemães foram então obrigados a renderem-se, em 2 de Fevereiro de 1943.

O ataque japonês a Pearl Harbour e a entrada dos EUA na guerra

Em Julho de 1941, o Japão ocupou a Indochina francesa, numa altura em que negociava com os EUA um acordo geral sobre o estatuto futuro do Extremo Oriente. A escolha do eixo de expansão militar japonês dividiu políticos e militares entre os partidários de um avanço para o Norte, no sentido da China e da União Soviética, e os de uma corrida para o Sul, visando a dominação económica e politica do Sueste Asiático, que oferecia imensos recursos de matérias-primas. A opção pela Indochina francesa era lógica e previsível, na medida que satisfazia os dois grupos de interesses. A instalação permanente do exército japonês na parte norte da Indochina correspondia as exigências da guerra contra a China; abria uma nova frente ao sul, impedindo a utilização do caminho-de-ferro que ligava Tonquim ao lunan e, numa etapa posterior, ameaçava a rota da Birmânia; a via de acesso à Tailândia, às possessões britânicas da Birmânia, da Malásia e de Singapura. Os EUA decidiram reagir a esta ocupação japonesa, tendo decretado em 1 de Agosto:
  • O congelamento dos capitais nipónicos (japoneses) nos EUA.
  • Embargo as vendas de petróleo ao Japão, imediatamente imitado pela Inglaterra e pela Holanda.
Em 7 de Dezembro de 1941, sem qualquer declaração de guerra, o Japão atacou a base americana mais importante no Oceano Pacifico – Pearl Harbour -, situada nas ilhas Hawai, tentando eliminar a única potência que impedia a sua dominação sobre todo o Sudeste Asiático, da Tailândia à Nova Guiné.

Apenas quatro dias depois, em 11 de Dezembro, a Alemanha e a Itália declararam a guerra aos Estados Unidos da América. A intervenção japonesa alargava o campo de combates contra as potências anglo-saxónicas Asia, ao Pacifico, à Oceânia e até mesmo ao Oceano índico. De repente, o mapa da guerra alterou-se, impondo opções estratégicas radicalmente novas. A «guerra mundial» vinha radicalmente em oposição aos interesses iniciais defendidos pelas potências do «Eixo» e que tinham levado à assinatura do pacto tripartido (Alemanha-Itália-Japão), a 27 de Setembro de 1940, cujo objectivo era apenas dissuadir os EUA de alinharem ao lado da Inglaterra ou de não barrarem o caminho do Japão no Sueste Asiático.

A participação do Japão na guerra, ao lado da Alemanha e da Itália, estava relacionado com:
  • A pesada preponderância dos Ocidentais no Extremo Oriente.
  • A dominação colonial exercida, directamente ou não, por estes sobre a maior parte da Ásia.
  • O anticomunismo obsessivo da hierarquia nobiliárquica e militar japonesa, desejosa de preservar a ordem estabelecida no país.
De imediato, os japoneses procederam à ocupação das Filipinas, das Índias Neerlandesas e da Malásia, assim como dos arquipélagos na parte oriental do Pacifico. Numa segunda fase, estabeleceu bases fortificadas em alguns destes arquipélagos, conscientes que a parte ocidental do Pacifico não comportava, fora as ilhas Hawai, qualquer possibilidade de se instalarem ali bases aéreas, navais ou aeroterrestres. O perigo japonês era tão grande que a Inglaterra viu ameaçado o seu império e fez desembarcar as suas tropas em Madagáscar, a milhares de quilómetros das posições ocupadas pelos japoneses, de modo a dispor de bases no Oceano índico.

A batalha de Midway, ocorrida a 4 de Junho de 1942, veio travar a progressão vitoriosa japonesa, ficando barrado o seu avanço no Pacifico Central, ainda que eles avançassem em direcção as ilhas de Salomão e do Norte. Um mês depois, os americanos viriam também a impedir o avanço nestas zonas, com a destruição da base japonesa de Rabaud, na Nova Bretanha, no arquipélago Bismarck. Num espaço de catorze meses, entre Agosto de 1942 e Outubro de 1943, desenrolaram-se violentos combates pela posse da ilha de Guadalcanal, ficando esta na posse dos americanos.

A partir deste momento, os americanos impuseram uma guerra de desgaste aos japoneses, isolando as suas forças militares, dispersas pelas ilhas do Pacifico, desmantelando as bolsas de resistência e apoderando-se dos locais estratégicos em cada um dos arquipélagos.

A decisão americana de utilizar a bomba atómica contra o Japão - em Hiroshima, a 6 de Agosto, e Nagasaki, a 9 de Agosto de 1945 - tinha como objectivos impedir que a guerra se prolongasse e que os soviéticos pudessem obter novas concessões territoriais na região. O imperador e o governo japoneses tinham, até aquele momento, recusado todas as tentativas de negociações, apesar dos bombardeamentos americanos iniciados em Margo de 1945. No mesmo dia, a URSS declarou guerra ao Japão, de acordo com as decisões da «Conferência de Ialta», tendo invadido a Manchúria, em 9 de Agosto. O seu objectivo, para além daquele território, era o norte da península coreana, as Ilhas Curilhas e o sul da Ilha de Sacalina.

Em 15 de Agosto, o Japão viria a render-se sem quaisquer condições, dando fim à II Guerra Mundial.

A derrota do bloco fascista

Na Itália
A partir de Julho de 1943, os exércitos aliados desembarcam na Sicília, obrigando as tropas do «Eixo» a renderem-se a 17 de Agosto. Em consequência do novo quadro militar, Mussolini foi demitido e preso a 24 de Julho. A sua libertação viria a ocorrer em 12 de Setembro, por um comando alemão. A partir de então, a Itália ficaria dividida em duas:
  • Ao Sul, formou-se um novo governo dirigido pelo marechal Badoglio, que assinou um armistício a 3 de Setembro, continuando a participar na guerra ao lado das tropas aliadas.
  • No Norte, subsistia a «República Socialista Italiana», dirigida por Mussolini.
Em 9 de Setembro, o VI Corpo do Exército Americano desembarcou em Salerno estando, no final do ano, imobilizado a cerca de 100 kms ao sul de Roma. A ofensiva aliada viria a ser retomada em 22 de Janeiro de 1944, com um novo desembarque em Anzio, ao sul de Roma. Apoderou-se de Monte Cassino em 18 de Maio, reentrando em Roma em 4 de Junho. O Norte da Itália viria a ser libertado a partir de Abril de 1945, sendo Benito Mussolini preso pelos camponeses e executado em 28 de Abril.

Na França
O desembarque na Normandia iniciou-se a 6 de Junho de 1944. A partir do mês seguinte, americanos e ingleses estabeleceram testas de ponte nas costas francesas, estendendo as suas zonas de controlo até Saint-Ló e Caen, aproveitando a resposta tardia dos alemães, cujos blindados se encontravam estacionados 200 kms mais atrás. Em 15 de Agosto, franceses e americanos desembarcaram na Provença, entre Toulon e Marselha, fazendo-se a sua progressão através do vale do R6dano e acabando por entrar em Paris, em 25 de Agosto. Os alemães tentaram ainda uma última ofensiva nas Ardenas, mas seriam derrotados em Dezembro de 1944.

Na «Frente Oriental»
Os soviéticos iniciaram a sua ofensiva a partir dos inícios de 1943. Em Fevereiro tomaram as cidades de Rostov, Orel e Kiev, obrigando os exércitos alemães a retirar. Leninegrado foi libertada em Janeiro de 1944, depois de estar cercada desde Agosto de 1941. A partir de Junho foi realizada uma vasta ofensiva russa, permitindo a reconquista de Minsk, capital da Bielorrússia, levando igualmente à rendição do IV exército alemão. Esta brecha permitiu às tropas russas dirigirem-se para a Prússia Oriental e para a Polónia. Gradualmente, os exércitos russos foram ocupando a Roménia (23 de Agosto), a Bulgária (9 de Setembro), a Finlândia (19 de Setembro), a Jugoslávia (20 de Outubro) e a Hungria (13 de Fevereiro de 1945). A partir de Abril de 1945, o «Exército Vermelho» dirigiu-se para Berlim.

Na «Frente Ocidental»
Na «frente ocidental», os americanos atravessaram o rio Rhur, em 23 de Fevereiro de 1945, acabando por atingir o Reno em Março. Transposto este rio, ocuparam Hanôver, a Saxónia e a Baviera, penetrando depois na Áustria e na Boémia, acabando por tomar a cidade de Nuremberga, em 20 de Abril.

Os exércitos soviético e americano fariam a sua primeira junho a 25 de Abril, a nordeste de Leipzig. Uma segunda junção viria a ocorrer em Wismar, a 3 de Maio. Entretanto, Adolf Hitler suicidar-se-ia num bunker de Berlim, depois de ter nomeado o almirante Karl Donitz como chefe de Estado. Em 2 de Maio, os alemães rendiam-se em Itália, na Holanda e na Alemanha do Norte.

O governo provisório alemão capitulou, sem condições prévias, em 7 e 8 de Maio de 1945, em Reims e em Berlim.

A participação da África na II Guerra Mundial

Tal como tinha ocorrido durante a I Guerra Mundial, as metrópoles coloniais viraram-se para os seus territórios africanos, com o objectivo de encontrarem aí os apoios estratégicos, militares e económicos de que necessitavam. Assim, a África foi mais uma vez uma grande fornecedora de homens e de recursos.

Conflitos no Continente Africano

A actividade militar no Norte de África
Em Setembro de 1940, apos a tomada da França pelos exércitos alemães, as tropas italianas destacadas na Líbia, uma vez livres das tropas francesas estacionadas na Tunísia, lançaram uma série de ofensivas contra o Egipto, com vista a dominar o canal do Suez e depois atingir as reservas petrolíferas do Iraque, então sob o controlo britânico. Esta ofensiva italiana era perfeitamente compreensível, já que se inscrevia numa lógica política seguida desde meados dos anos 30 e que visava abertamente rever a partilha dos territórios e das zonas de influência em África e no Mediterrâneo.

Após algumas derrotas iniciais, o exército britânico realizou uma contra-ofensiva contra as forças italianas, obrigando-as a recuar cerca de 1200 km em direcção à Líbia, perdendo esta todos os territórios africanos anteriormente conquistados. A nova situação militar obrigou intervenção alemã em Fevereiro de 1941. Os alemães conseguiram travar a eminente derrota dos italianos e empreenderam uma ofensiva esmagadora contra as tropas britânicas, enfraquecidas em virtude de parte dos seus efectivos terem sido desviados para a frente grega.

Em menos de dois meses, o Afrika Korps fazia recuar os britânicos para a fronteira egípcia, apos uma sucessão de importantes batalhas - El Agheila, El Mechili, Sollum, Gazala, Tobruk e Mersa Matruh - tendo paralisado a ofensiva por falta de combustível e de provisões, já que o mar Mediterrâneo se encontrava sob o controlo naval britânico.

Após quatro meses de preparação, em Outubro de 1942, os britânicos contra-atacaram, obrigando as forças ítalo-alemãs a recuar até à Líbia, na tentativa de encurtarem as suas linhas de abastecimento e a procurar posições defensivas mais favoráveis. A partir de 8 de Novembro, com o desembarque das forças americanas em Marrocos viria a completar-se o cerco das forças do «Eixo», empurrando-as em direcção à Tunísia. Cercado pelos exércitos aliados, sem apoio aéreo e sem qualquer suprimento, o Afrika Korps e o restante contingente italiano na África do Norte rendeu-se em Maio de 1943, pondo fim guerra no continente africano.

A intervenção militar na África do Norte viria a atrasar a invasão da URSS pelos exércitos alemães em cerca de seis semanas.

A intervenção italiana na Etiópia

No começo do conflito, a Itália possuía cerca de dois milhões de km2 de territórios em África, divididos pela Somália, Etiópia e a Eritreia, encontrando-se estes rodeados por colónias de países hostis, como o Sudão anglo-egípcio, o Quénia e a Somália Britânica e a Somália Francesa. Ao começarem as hostilidades europeias, os italianos sabiam que com os recursos que dispunham apenas podiam neutralizar as resistências

locais, não podendo fazer frente a uma força militar britânica bem organizada. Esta situação era ainda agravada com a inexistência dum abastecimento regular, quer por via marítima ou aérea. A única possibilidade de sobrevivência era que a guerra europeia durasse apenas algumas semanas, alterando-se então a situação na África Oriental.

Assim, nem sequer foram equacionados planos para iniciar uma ofensiva a partir do Sul, com o objectivo de ir ao encontro das forças italianas estacionadas no Egipto, devido ao facto de não haver forças suficientes para defender frentes tão amplas e, menos ainda, para tentar uma ofensiva a tão longa distância. Restava apenas a possibilidade de invadir a Somália Britânica, aproveitando-se da sua superioridade numérica e confiando na possibilidade de uma assinatura, a breve trecho, da paz na Europa.

A ofensiva italiana iniciou-se em 3 de Agosto de 1940, com a tomada de Hargeisa. Na fronteira do Sudão, os conflitos iniciaram-se no sector de Keren. Mas, em Outubro, as forças navais italianas, as mais importantes na região, encontravam-se em más condições, necessitando ainda de combustível, procurando posteriormente refúgio na Europa, Japão ou Madagáscar (Diogo Suarez).

Em Março de 1941, as forças britânicas contra-atacaram por terra, expulsando as forças italianas que estavam totalmente indefesas. A ofensiva britânica atingiu a Somália e prosseguiu na Etiópia, tendo as forças italianas sido vencidas na batalha de Keren. Finalmente, em 5 de Maio, Hailé Selassié entrou em Addis-Abeba, tendo-se as forças italianas rendido a 18 de Maio. No entanto, a resistência italiana ainda continuou até Janeiro de 1942, quando os seus últimos efectivos são cercados em Gonder, por forças britânicas e etíopes.


Bibliografia
SOPA, António. H10 - História 10ª Classe. 1ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.

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