A emergência do filosofar

 A emergência do filosofar

A emergência do filosofar é um resultado directo do desenvolvimento do pensamento do Homem. Deste modo, constitui uma resposta necessidade de o Homem explicar uma série de fenómenos à sua volta e que influenciam, de certo modo, a sua própria Vida.

Os estudiosos da Filosofia e da sua história concordam com o facto de que diferentes formas da Vida grega, na Antiguidade, teriam preparado as condições para o seu nascimento.

De todas as fontes que teriam dado origem à Filosofia apontam-se três como tendo sido de maior contribuição para este milagre grego, nomeadamente:
  • A arte
  • A religião
  • O conjunto de condições sociopolíticas e económicas do povo grego

Os filósofos naturalistas e a Natureza como objecto e método de investigação

Tales de Mileto

Vida

Não se conhece com exactidão o período em que viveu. No entanto, os autores são unânimes em afirmar que viveu aproximadamente entre os anos 624 a 546 a.C. (último quartel do séc. VII a meio do séc. VI a.C.), na colónia grega de Mileto, território da actual Turquia.

Pouco se sabe sobre os pormenores da sua Vida privada, sabe-se apenas que Vivia mais consumido pelos assuntos da Natureza que estudava do que com o lugar onde vivia e por onde caminhava. Conta a lenda que, por causa dessa distração com a Vida e o quotidiano, teria caído no fundo de um poço distraído pela observação do movimento das estrelas.
A sua dedicação à investigação é nos confirmada pelas diferentes áreas em que era especialista: Política, Astronomia e Matemática, sendo ainda filósofo. Além disso, o seu nome é mencionado entre os sete sábios gregos.

Obra ou produções científicas
Como astrónomo, Tales teria previsto um eclipse do Sol; como matemático, criou o chamado teorema de Tales associado ao estudo dos ângulos e dos triângulos.

Pensamento filosófico sobre a origem do universo
Tales foi o primeiro filósofo a não se contentar com a explicação mítica da Natureza, do universo, das coisas e procurou com esforço próprio uma explicação baseada na observação da própria Natureza.

Esse descrédito e insatisfação com respostas míticas, foi consequência do seu espírito investigador já exercitado na Matemática, na Política e na Astronomia.
Assim, para Tales, o princípio originário de todas as coisas e pelo qual todas as coisas se unem, isto é, a arkhé de todas as coisas é a água.

Síntese
O que nos é relevante no pensamento de Tales não é a veracidade ou falsidade do seu pensamento, pois dificilmente esse pensamento nos parece verdadeiro actualmente, mas sim o facto de ter sido a primeira tentativa de o Homem explicar a Natureza recorrendo à sua observação e à capacidade da sua inteligência, da sua razão; a primeira tentativa de uma resposta verdadeiramente cientifica que marcou a ruptura com anteriores explicações assentes em deuses e seres sobrenaturais.

Anaximandro de Mileto

Vida
Tal como o que se sucedeu com Tales, não há certeza do período em que Anaximandro viveu.
Sabe-se, apenas que foi conterrâneo e contemporâneo de Tales, ou seja, era originário da mesma terra (dai a designação Anaximandro «de Mileto») e terá vivido na mesma época, aproximadamente entre os anos 610 a 545 a.C. (morreu um ano antes de Tales).

Porém, pouco se sabe sobre pormenores da sua Vida privada, bem como, do seu contributo nas outras áreas do saber.

Pensamento filosófico sobre a origem do universo
Como Tales, Anaximandro nutria descrédito e insatisfação pelas explicações míticas, no entanto, partilha a «fé» de que deveria existir um princípio originário causador e unificador de todas as coisas na Natureza.

Todavia, Anaximandro já não concordava com a designação desse princípio dada por Tales. A água, para Anaximandro, é já, por si, uma das coisas concretas e originadas como as outras; pelo que não pode originar outras coisas concretas e originadas (ar, fogo, terra e outras substâncias físicas). Ou seja, a água juntamente com o ar, o fogo e a terra fazem parte de todas as substâncias físicas concretas e derivadas que se pretende explicar, ou descobrir a causa e, por isso, não podem ser a arkhé.

Para Anaximandro, o princípio originário, ou arkhé, das coisas concretas ou físicas não pode ser algo originado, causado, físico, finito ou determinado (concreto). Pelo contrário, deve ser algo não originado, não causado, mas que seja causador e origem de todas as coisas concretas e finitas; deve ser infinito, indeterminado (isto é, não finito e não concreto), algo indestrutível, imóvel, infinitamente criador (de coisas finitas) e em movimento perpétuo (sem fim). Ou seja, deve ser algo que não existe e é diferente de todas as coisas que existem no mundo físico, concreto. A tal princípio chamou de ápeiron, que se traduz por o indeterminado, indefinido.

Síntese
A importância do pensamento de Anaximandro está no facto de, pela primeira vez, ter reconhecido a insuficiência da Natureza na explicação da mesma Natureza. Através desta reflexão apercebe-se da necessidade de se admitir um princípio superior, diferente das coisas concretas, mas que seja originário de todas as coisas concretas. Isto é, a explicação última das coisas finitas, concretas, físicas está no não físico, no não concreto mas sim no universal e infinito. Anaximandro foi, deste modo, o iniciador da Filosofia no sentido metafisico que, ganharia uma forma madura em Parménides.

Anaximandro representava uma evolução qualitativa em relação a Tales. Enquanto Tales seguia um espírito científico (observação da Natureza), Anaximandro passava assim para a Filosofia.

Anaxímenes de Mileto

Vida

Mais novo que os dois filósofos anteriores, Anaxímenes foi conterrâneo e contemporâneo de Tales e Anaximandro, tendo vivido aproximadamente entre os anos 582 a 528 a.C. Igualmente, pouco se sabe sobre pormenores da sua Vida privada, bem como sobre o contributo nas outras áreas do saber.

Anaxímenes foi o filósofo mais apreciado da Jónia, sendo o último representante desta escola depois de ter aberto caminhos investigação da Natureza.

Obra
Escreveu um livro em dialecto jónico, de estilo simples e conciso, que Teofrasto ainda conheceu.

Pensamento filosófico
Anaxímenes admitia, como Anaximandro, que a origem de todas as coisas é indeterminada, mas não concordava que se tratasse realidade oculta.
Para si o Ar era algo observável, enquanto o ápeiron defendido pelo seu antecessor era um elemento invisível, imponderável. Tudo se explica por condensação e rarefação, por contracção e distensão do Ar, assim defendia Anaxímenes.

Assim, concluiu que esta é matéria-prima mais privilegiada ou seja: a alma é Ar, o fogo é Ar rarefeito, a água, a terra e a pedra, Ar condensado. De igual modo, se explica o calor, o frio, o vento, a nuvem e a chuva.

Anaxímenes defende ainda que os «tremores de terra ocorrem tanto nos períodos de seca, como nos de chuvas excessivas, dado que, durante a estiagem, a Terra seca e fende e, ao ser encharcada pelas águas desfaz-se em pedaços».

Segundo a sua teoria, quando o Ar se comprime, é gerada terra completamente plana, o que faz com que seja levada pelo Ar. O Sol, a Lua e os demais corpos têm na Terra a origem do seu nascimento.
Fig. 3: Anaxímenes Mileto (c. 582-610-582 a.C.)

Anaxímenes manteve-se firme no princípio estabelecido, insistindo na ideia de que a Terra é um disco cercado de Ar, o Sol e a Lua são discos semelhantes a «quadros pintados» e as estrelas «pregos espetados na esfera celeste». Anaxímenes pensava, também, que os corpos celestes não se movem por baixo da Terra mas em redor desta, como se se tratasse «dum gorro de feltro que roda ä volta da cabeça». Para Anaxímenes «o Sol é plano como uma folha», os astros são «pregos no cristalino ou folha ígnea, como pintura» (In G. e D. Antiseri, História de Filosofia vol. I, 2005).

Síntese
G. Real. e D. Antiseri, (2005) classificam Anaxímenes como sendo a expressão mais rigorosa e lógica do pensamento da escola do Mileto, considerando que forneceu harmonia com o princípio de Physis, para além de ser a expressão mais paradigmática e o modelo do pensamento jónico.

Heráclito de Éfeso

Vida
Natural de Éfeso, Ásia Menor, não se possui a certeza sobre o período em que viveu. Apenas se sabe que viveu na passagem do século VI ao V a.C. e que terá morrido aos 60 anos de idade, aproximadamente em 540. Duas características determinaram a sua Vida pessoal e filosófica: a arrogância e a aversão à convivência social. Pela primeira, terá abdicado da nobreza da sua família para o irmão e pela segunda, recusou-se a elaborar as leis da sua cidade. Deste modo, levou uma Vida solitária nas montanhas, alimentando-se de ervas, nos estábulos entre os bois. Pela arrogância, preferiu um estilo obscuro na sua obra para não se deixar cair nas malhas da percepção distorcida do vulgo e do seu consequente desprezo e, pela aversão à convivência social, não teve nem mestres nem discípulos.

Obras
Escreveu apenas um livro, com o título Sobre a Natureza, caracterizado, como se disse, de um estilo obscuro, o que o fez ser chamado «Heráclito, o obscuro». Neste livro, procurava explicar o dinamismo das coisas, da realidade, empresa essa de um certo modo iniciada mas não tematizada pelos filósofos de Mileto. Ou seja, a ideia principal de Heráclito era a de que tudo se move, nada permanece imóvel e fixo.

À moda dos filósofos de Mileto, a indagação de Heráclito é pela causa primeira, mas no seu caso, a indagação, do movimento eterno a que estão submetidas as coisas.

Pensamento filosófico
A ideia básica do pensamento deste filósofo naturalista é que «tudo se move», «tudo flui», nada permanece imóvel e fixo, tudo muda e se transmuta, sem excepção. Num só termo, está em constante “devir”. Heráclio usa a imagem de um rio para expor o seu pensamento sobre esse movimento que governa tudo. «Não podes descer duas vezes o mesmo rio, porque novas águas correm sempre sobre ti. O ser é inseparável deste movimento continuo. A cerveja não pode decompor-se se não está em movimento. O tempo muda as coisas...».

Já o próprio extracto das palavras de Heráclito explica que tudo está em movimento. Não se pode descer duas vezes o mesmo rio nem se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado por causa da velocidade da mudança sobre todos os seres: sobre o rio e sobre nos mesmos. Ou seja, não se desce duas vezes o mesmo rio porque, embora o rio aparentemente seja o mesmo, para Heráclito, este é constituído na «realidade» por águas sempre novas e diferentes que fluem e se dispersam, de tal sorte, que ao se descer a segunda vez já se tem outra água que sobreveio. Por outro lado, porque nos mesmos que descemos mudamos a tal velocidade que ao completarmos a primeira imersão, somos já diferentes do que éramos quando descemos o rio. Assim, é precisamente isso que ocorre com toda a realidade e com todas as coisas.

O movimento consiste em ser e não ser mais aquilo que éramos para continuarmos a ser. Trata-se da passagem constante de um contrário para o outro, da união dos contrários: do ser para não ser, do frio ao quente, do húmido ao seco, do jovem ao velho, da Vida morte, sempre de um modo recíproco, pois daquilo que está morto renasce a Vida. Por isso, esta guerra perpétua dos contrários é mais paz e harmonia dos contrários do que destruição; é pacificação e conciliação, de tal modo que se identifiquem mutuamente: o caminho da subida é o mesmo caminho da descida, «tudo é um» e «do um deriva tudo». Tal sucede com as coisas porque estas têm a natureza do fogo. Para Heráclito, o fogo expressava, de modo exemplar, as características da mudança continua, a transformação das coisas, o contraste e a harmonia.

O próprio fogo é móvel, é a Vida que deriva da morte do combustível e é a continua transformação do combustível em cinzas.

Deste modo, o fogo constitui o elemento comum, subsistente em todas as coisas. O fogo governa todas as coisas e como aquilo que governa todas as coisas é a «inteligência» e a causa dessas coisas, o fogo é a razão, o «logos», a «lei racional» de todas as coisas.

Síntese
O pensamento de Heráclito é ainda hoje valioso porque foi o primeiro filósofo a mostrar que todos os seres estão sujeitos lei da transformação, da mudança constante. Que o ser de cada ser ou coisa consiste na transformação. Esta ideia foi sendo melhorada ao longo dos séculos e hoje podemos secundar a ideia de que estamos em constante transformação recorrendo, por exemplo, a conhecimentos da Biologia segundo as quais milhões de células estão nascendo e outras morrendo para que cresçamos; que todas as coisas sofrem corrosão, incluindo as rochas, etc. e mesmo assim não perdem a sua identidade.

A Escola Eleática: Parménides de Eleia

Vida
Parménides nasceu e viveu em Eleia (colónia Jónia, na Itália, próxima ao Mar Tirreno) entre 515 e 510 a 450 a.C. Conheceu Sócrates e outros filósofos da época, numa das viagens a Atenas. Foi discípulo de Xenófanes de pitagórico Amínias, por quem nutriu singular apreço e em honra do qual ergueu um templo. Participou activamente na Vida política da sua cidade, elaborando-lhes as leis.

Escreveu um livro intitulado Da Natureza. Foi o primeiro filósofo a escrever em poesia, de que ficaram 150 versos, 61 dos quais se consideram muito importantes para a compreensão do pensamento do autor.

Pensamento filosófico
Contrariamente ao pensamento da época, o objecto da reflexão deste filósofo é o Ser, e não propriamente a Natureza.

Ou seja, no pensamento cosmológico em voga na época Parménides introduz um pensamento ontológico, centrado no ser. Por isso, é considerado o pai da Ontologia. O princípio orientador de todo o seu pensamento é este: «ser é e não pode não ser; o não ser não é e não pode ser de modo algum». Parménides expõe o seu pensamento sobre o ser como lhe foi dito por uma deusa, em forma de conselho: «é necessário dizer e pensar que o ser seja: o ser é, o nada não é. Um só caminho resta ao discurso: o que o ser é.» Para Parménides, o ser é a única realidade que existe e pensável porque tudo aquilo que alguém pensa e diz é. Não se pode pensar (e portanto, dizer) senão pensando (e portanto, dizendo) aquilo que é.

Pensar o nada significa não pensar absolutamente nada e dizer o nada significa não dizer nada. O nada é impensável e indizível. Contrariando desse modo o seu antecessor, Heráclito, para quem tudo era um devir (ser e não-ser para vir a ser), Parménides defende que ou uma coisa é ou não é. Se é, não pode vir a ser porque já é; se não é, não pode vir a ser porque do nada não se tira nada. Ou seja, se o não ser fosse alguma coisa, teríamos a contradição de algo que, ao mesmo tempo, é e não é, segundo Parménides.

Síntese
A importância do pensamento de Parménides reside em dois aspectos, na actualidade. O primeiro aspecto relaciona-se com a sua reflexão sobre o ser (Parménides é considerado o fundador, o iniciador da ontologia ocidental). O segundo aspecto é a distinção rígida que ele estabelece entre ser e não ser que, serviu de base para a formulação dos princípios de identidade e o de não contradição, instituídos por Aristóteles como princípios fundamentais da Lógica ou instrumentos da Razão.

Quanto à arte
Em relação arte, sublinha-se a forte influência dos poemas homéricos e os poetas gnómicos. Neste rico material artístico sempre se tentou de modo mítico e fantástico alcançar objectivos que eram carregados de conteúdos filosóficos.

Os poemas homéricos foram uma grande fonte de educação e formação espiritual do Homem, sobretudo entre os gregos antes do nascimento da Filosofia.

Na Vida dos gregos, os poemas homéricos (Ilíada e Odisseia) exerciam a mesma influência que a Bíblia exercia sobre os hebreus.
Podia-se compreender a necessidade da bravura do espírito grego – um espírito de busca constante e a predisposição para a admiração, o que se mostrou fundamental para a criação da Filosofia.

O conteúdo artístico dos poemas homéricos não terminava na simples descrição mítica dos factos como acontecia com os povos primitivos do oriente. O espírito imaginativo dos poemas já se estruturava com base no sentido de harmonia, de proporção, de limite e de medida, o que contribuiu para a sua elevação à categoria de princípios ontológicos.
A componente pesquisa, uma característica peculiar dos poetas, constituiu um suporte para a explicação da conexão universal entre os factos, ou seja, as suas causas e razão de ser.
Os clássicos tardios da filosofia grega tentaram explicar a origem do universo, o lugar do Homem no universo, o que foi sempre tratado nos poemas homéricos. Por esta razão:

Os poemas de Homero, sobretudo, a Ilíada e Odisseia foram uma das grandes fontes espirituais e é culturais que dariam origem ao nascimento da Filosofia.

Quanto à religião
A religião usou sempre uma representação imaterial e não conceitual, por meio da fé e procurou encontrar os mesmos objectivos que a Filosofia com conceitos e com razão mais tarde.

Hegel, um clássico da Filosofia alemã, fez da arte, da religião e da Filosofia as três categorias do espírito absoluto.

Na compreensão da contribuição da religião para o nascimento da Filosofia é imperativo distinguir entre a religião pública que tem a sua fonte de inspiração no modelo da representação dos deuses sempre referidos nos poemas do Homero e na religião dos mistérios. Contudo, é importante sublinhar que as duas formas de religião tiveram um papel importante para explicar a origem da Filosofia.

As condições sociopolíticas e económicas que contribuíram para o nascimento da Filosofia

A liberdade política de que os gregos mais beneficiavam, em comparação com os povos orientais, contribuiu para um rápido desenvolvimento do pensamento critico e reflexivo.
O Homem grego não era obrigado a uma obediência cega ao poder religioso e político como acontecia com os outros povos antigos (Orientais).

No aspecto político, foi o povo grego mais privilegiado em virtude de ter sido o primeiro na história a criar e consolidar órgãos de soberania (instituições políticas).
No campo económico, a historiografia grega aponta para uma transformação socioeconómica assinalável nos séculos VII e VI a.C.

«De pais predominantemente agrícola que era, passou a desenvolver de forma sempre crescente a indústria artesanal e o comércio. Assim, tornou-se necessário fundar centros de distribuição comercial, que surgiram inicialmente nas colónias jónicas, particularmente em Mileto, e depois noutros lugares.»

Os grandes centros comerciais foram-se transformando em cidades de referência, provocando deste modo uma explosão demográfica.
Um novo segmento de comerciantes e artesãos de sucesso foi-se desenvolvendo como uma nova força política e económica (elite) que se opunha ao poder político concentrado nas mãos da nobreza fundiária.

O sentimento e o espírito libertário deram ao povo grego um impulso sem o qual a actividade científica não teria sido possível. O que clarifica ainda mais que a liberdade multifacetada tenha sido o embrião da Filosofia: é o facto de ela ter nascido primeiro nas colónias e não na mãe pátria onde a nobreza era mais forte.
 
Fig. 7: Atenas – Grécia na Antiguidade.

A cidade de Atenas foi o grande centro onde cresceu o movimento de liberdade dos gregos. Deste modo foi igualmente a capital da Filosofia grega e de toda a cultura filosófica clássica. Com a constituição e a consolidação da polis — Cidade-Estado, os gregos passaram à categoria de cidadãos, pois para os gregos o Homem coincide com o cidadão, dai que o Estado se tenha tornado o horizonte ético do Homem grego.

Podemos concluir que a emergência do filosofar resultou de uma série de condições peculiares da cultura grega nomeadamente:
  • As condições artístico-culturais
  • A religião
  • Condições sociopolíticas e económicas.
Aqui encontramos também a justificação da afirmação segundo a qual a Grécia é o berço da Filosofia.

Bibliografia
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.

Comentários