Fisiologia vegetal
2. Fisiologia Vegetal
2.1. Fisiologia vegetal
Os seres vivos pluricelulares são constituídos por vários
tipos de células organizadas em grupos.
Um grupo de células idênticas especializadas para a
realização de uma determinada função designa-se por tecido. O ramo da
Biologia que estuda os tecidos chama-se histologia.
A histologia vegetal estuda especificamente os tecidos
vegetais. Nos vegetais são encontrados diversos tecidos que, dependendo das
diferentes funções que desempenham, denominam-se tecidos de formação,
tecidos de síntese e armazenamento, tecidos de suporte, tecidos condutores,
tecidos de revestimento, entre outros.
2.1.1. Meristemas ou tecidos meristemáticos (merismáticos)
Os tecidos meristemáticos ou merismáticos são
constituídos por células não especializadas, com a capacidade de estar em
constante divisão celular (por mitose). Esta característica conduz ao aumento
do número de células, promovendo o crescimento dos órgãos que constituem a
planta, tendo, por isso, a função de formação.
Quanto sua origem, os meristemas são classificados em
meristemas primários e secundários.
Meristemas primários
O embrião jovem de uma planta é constituído por células
que se dividem activamente, originando novas células cuja finalidade é formar
os tecidos e os órgãos da nova planta. Este tecido é o meristema primário.
medida que a planta vai crescendo, as células embrionárias vão-se
especializando noutros tipos de tecidos e vão perdendo a capacidade de se
dividir. Apenas em algumas regiões restritas da planta é que persistem grupos
de células que conservam as caracteristicas embrionárias, ou seja, a capacidade
de se dividir permanentemente. Estas ficam restritas às extremidades do caule e
da raiz, sendo designadas pela localização na planta por meristemas apicais e
subapicais, respectivamente. Os meristemas primários garantem o alongamento da
raiz e do caule.
A figura seguinte mostra os meristemas apical e subapical
do caule e da raiz.
Figura 1: A – Meristema apical (no caule); B – Meristema subapical (na raiz). |
Os meristemas primários estão dispostos em três camadas
concêntricas e diferenciam-se em protoderme, a camada mais externa; meristema
fundamental, a camada intermédia; e procâmbio, a camada mais
interna.
A protoderme origina os tecidos de revestimento, o
meristema fundamental origina os tecidos de síntese e de suporte e o procâmbio
origina os tecidos vasculares ou condutores.
Meristemas secundários
Em plantas que vivem mais de dois anos, como, por
exemplo, as gimnospérmicas e algumas angiospérmicas, o crescimento em
comprimento da raiz e do caule é acompanhado pelo engrossamento, ou seja, pelo
crescimento em diâmetro. Este crescimento em espessura deve-se à actividade de
meristemas secundários. Os meristemas secundários ou laterais são originados
por células diferenciadas que reiniciam a capacidade de divisão através da
actividade mitótica. São meristemas secundários o câmbio vascular, localizado
entre os vasos condutores, e o câmbio cortical ou felogénio, situado próximo da
periferia da raiz e do caule.
Anualmente, o câmbio vascular origina tecidos condutores secundários
e o felogénio promove a formação de um tecido de revestimento: o súber, constituído
por células mortas impregnadas de uma substância chamada suberina. Os
meristemas secundários definem a estrutura secundária do caule e da raiz.
Na figura seguinte estão representados meristemas secundários.
Figura 2: Meristemas secundários. |
Bibliografia
MANJATE, Maria Amália; ROMBE, Maria Clara. Biologia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.
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