Comparação dos órgãos excretores nos animais

 Comparação dos órgãos excretores nos animais

Alguns animais como as esponjas e celenterados, não possuem órgãos excretores. As células do corpo desses animais eliminam as excreções directamente na água circundante.

Em diversos invertebrados existem tubos simples ou ramificados que se abrem para o exterior do corpo por intermédio de poros excretores. Esses órgãos são chamados de nefrídios que podem ser de dois tipos: protonefrídios e metanefrídios.

Protonefridios estão presentes nos platelmintas. São compostos por diversos tubos ramificados, ligados as células especializadas denominadas células – flama. Essas células removem a água e excreções dos espaços entre as células e lançam essas substâncias nos tubos com os quais se comunicam, que se abrem na superfície do corpo.

Fig. 24 – Organização dos protonefídios nos platelmintes


Metanefrídios estão presentes em anelídeos e moluscos. Diferem dos protonefrídios basicamente por serem tubos abertos nas duas extremidades. Uma das aberturas, o nefróstoma, tem a forma de um funil ciliado e abre-se na cavidade celómica. A outra abertura, o nefridióporo, ou poro excretor, localiza-se na superfície do corpo.

Fig. – Organização dos metanefrídios presentes nos anelídeos


Os tubos de Malpighi são órgãos excretores dos insectos e de alguns outros artrópodes. São estruturas que se desenvolvem na porção posterior do corpo. A extremidade livre dos tubos de Malpighi é fechada e está mergulhada na cavidade do corpo banhada pelo sangue, dando-se a filtração através da parede do tubo. O filtrado é conduzido para o recto onde são reabsorvidos para o sangue grandes quantidades de água, bem como alguns sais minerais. O ácido úrico e outras substâncias são eliminadas juntamente com as fezes.

Fig. – Rim pronefro


Os rins, são órgãos excretores dos vertebrados. Cada rim é formado por milhares de unidades filtradoras, os nefrónios. O tipo de nefrónios e a localização dos rins varia nos diferentes tipos de vertebrados.

Há três tipos básicos de rins. Pronefromesonefro e metanefro.

O rim pronefro localiza-se na região anterior do corpo, sendo também chamado de rim cefálico. Esse tipo de rim é formado por nefróns tubulares, dotados de um funil ciliado que se abre na cavidade celomática. As excreções retiradas do fluido celómico são lançadas em ductos excretores que os levam para fora do corpo. O rim pronefro aparece na fase embrionária de todos os vertebrados, desaparecendo em seguida.

Fig. - Rim mesonefro


O rim mesonefro localiza-se na região torácica sendo também chamado de rim torácico. É formado por néfrons tubulares, dotados de um funil ciliado que remove excreções do celoma e de uma cápsula filtrada ( cápsula de Bowman ) que remove excreções directamente do sangue. O rim mesonefro é o órgão de excreção dos peixes e dos anfíbios adultos.

Está presente na fase embrionária dos répteis, aves e mamíferos, desaparecendo na fase adulta.

Fig. 26 – Rim metanefro


O rim metanefro localiza-se no abdómen, sendo também chamado de rim abdominal. É formado por unidades filtradoras dotadas de uma cápsula (cápsula de Bowman ) que retira as excreções directamente do sangue, não há funil ciliado. É o órgão excretor dos répteis, aves e mamíferos adultos.

Excreção de substâncias azotadas

As substâncias nitrogenadas excretadas pelos animais são denominadas excreções. Fazem parte dessas excreções a amónia, a ureia e o ácido úrico.

NH3 + H2O → NH4+ + OH-

A excreção da amónia apresenta vantagens tais como: Trabalho metabólico e o gasto energético é pequeno. A amónia atravessa rapidamente as membranas sendo eliminada com grande facilidade. A amónia é muito tóxica e a sua excreção exige grande quantidade de água. A maioria dos animais aquáticos excreta rapidamente a amónia pelas brânquias, pelos rins e pela superfície do corpo.

Fig. 27 – Principais excreções azotadas


Para os animais terrestres a perda da grande quantidade de água, poderia tornar-se perigosa. Nos répteis, aves e insectos, a solução apresentada consiste na conversão da amónia num produto menos tóxico e menos solúvel – o ácido úrico. Nos mamíferos e em alguns anfíbios, a partir da amónia é produzida a ureia.

Referências bibliográficas

  • MINEDH. Módulo 6 de Biologia: Fisiologia Animal – Evolução dos Sistemas Respiratório, Digestivo, Circulatório e Excrector. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.

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