Estudo dos répteis: Características gerais, modo de vida e Reprodução

Estudo dos répteis

Terminologia

  • Animais exotérmicos – animais que não conservam o calor.
  • Inanição – inatividade ou falta de acção.
  • Ceratina – células mortas.
  • Animais poiquilotérmicos- não possuem mecanismos internos de regulação da temperatura.

Características gerais dos répteis e modo de vida

  • A característica mais importante dos répteis é a cobertura do corpo por escamas.
  • São animais de sangue frio ou seja de temperatura variável, pois não dispõem de mecanismos internos de controlo de temperatura. São por isso considerados animais exotérmicos.
  • Porque são animais poiquilotérmicos, em temperaturas baixas tendem a inanição.
  • Devido à temperatura do seu corpo a maioria dos répteis actuais vivem em regiões tropicais e subtropicais (regiões quentes);
  • Seu corpo é coberto por uma pele espessa e a prova de água que auxilia a protecção das estruturas internas e evita a desidratação;
  • As escamas raramente são profundas e são compostas por uma substância rija e transparente correspondente às células mortas, a ceratina;
  • As escamas de muitos lagartos contém pequenos escudos ósseos o que confere a pele uma resistência adicional;
  • Geralmente, na maioria dos répteis ocorrem mudanças da pele em intervalos regulares;
  • A respiração é pulmonar e a fecundação é interna com desenvolvimento directo, portanto sem estágios larvais.

Fig. 19 - Representantes de répteis


Reprodução dos répteis

A maioria dos répteis vivem em zonas tropicais e subtropicais mas a época da reprodução acontece em tempos mais frescos da região.

Todos os répteis machos possuem penes que permitem a passagem dos espermatozoides para a cloaca da fêmea, excepto a tuatara que acasala com a pressão da cloaca do macho e da fêmea uma contra outra.

A fecundação é interna mas o desenvolvimento do embrião é externo.

Os ovos são postos no solo e são envolvidos por uma casca dura que o protege até ao nascimento. A referida casca contém alimento acumulado – o vitelo – suficiente para o embrião se desenvolver até ao nascimento.

Durante o desenvolvimento embrionário dos répteis formam-se diversas estruturas, os anexos embrionários que possibilitam o desenvolvimento do embrião fora da água.

Os anexos embrionários são: cório, âmnio ou bolsa amniótica e alantóide e saco vitelínico.

O cório é a membrana que envolve o embrião e mais anexos embrionários. Através dela ocorrem trocas gasosas entre o sangue do embrião e a atmosfera.

O âmnio é uma bolsa cheia de líquido que envolve o embrião protegendo contra a dessecação e choques mecânicos.

O alantóide – é uma bolsa ligada ao tubo digestivo onde são armazenadas as excreções do embrião, principalmente a urina.

Saco vetilínico – é uma bolsa também ligada ao tubo digestivo onde fica armazenado o alimento que nutre o embrião durante todo o seu desenvolvimento.

Na sua maioria os répteis são ovíparos, contudo existem algumas espécies que são ovovíparas, quer dizer os ovos eclodem ainda no interior do corpo da mãe. Nestes casos os jovens répteis podem encontrar-se ainda envolvidos pelas membranas embrionárias quando nascem.

Referências bibliográficas

MINEDH. Módulo 3 de Biologia: Estudo e classificação dos seres vivos do reino animalia. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.

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