Fotossíntese: Fases da Fotossíntese e Os Factores que influenciam na actividade fotossintética

Fotossíntese: Fases da Fotossíntese

Fases da Fotossíntese

A fotossíntese possui duas fases: Fase Luminosa ou Fotoquímica e Fase Escura ou Química.

a) Fase Luminosa ou Fotoquímica

A fase clara, também chamada de fotoquímica, consiste na incidência da luz solar sobre a clorofila a e b. Os electrões são libertados e recebidos pela plastoquinona (aceptor primário de electrões). Estes, passam por uma cadeia transportadora libertando energia utilizada na produção de ATP.

Os electrões com menos energia entram na molécula de clorofila a repondo os libertados pela acção da luz. A molécula de clorofila absorve a energia luminosa. Esta energia é acumulada em electrões que, por este facto, escapam da molécula sendo recolhidos por substâncias transportadoras. A partir daí, estes irão realizar a fotofosforilação, que, dependendo da substância transportadora, poderá ser cíclica ou acíclica.

Em todos os dois processos, os electrões cedem energia, que é utilizada para a síntese de ATP através da fosforilação.

Fig. 8 – Esquema da fosforilação

A fotofosforilação cíclica utiliza um só fotossistema: fotossistema I (P700) e a clorofila a. Nesta fotofosforilação não ocorre a formação do equivalente redutivo (aceitador terminal de electrões) NADPH + H+ e também não há fotólise de água consequentemente não há libertação de oxigénio para o ambiente que seria aproveitado na respiração dos animais.

A fotofosforilação acíclica é um conjunto de processos que incluem a Fotólise da água, fotossistema I e fotossistema II até ao aceitador terminal de electrões (plastocianina) e cuja função é a formação do ATP que é usado na fase escura. Nesta fase há formação de NADPH, Oxigénio e intervenção da clorofila a e b.

b) Fase Escura ou Química

Ocorre no estroma dos cloroplastos e é nesta fase que se forma a glicose, pela reação inicial entre o gás carbónico atmosférico e um composto de 5 carbonos, a Ribulose Difosfato (RDP), que funciona como “suporte” para a incorporação do CO2. O evento mais importante da fase escura é o ciclo de Calvin.

Ciclo de Calvin

A molécula de CO2 se liga ao “suporte” de RDP desencadeando um ciclo de reações no qual se formam vários compostos de carbono. Para formação de uma molécula de glicose é necessários que ocorram 6 ciclos destes. Os átomos de Hidrogénio da água são adicionados a compostos de carbonos, obtidos a partir de CO2, havendo uma redução de gás, com produção de glicose. De forma resumida podemos considerar duas etapas no ciclo de Calvin:

  • 1ª Etapa – Fixação do Dióxido de Carbono;
  • 2ª Etapa – Formação de um composto com três átomos de carbono (Gliceraldeido-3-Fosfato) e regeneração do aceitador do Dióxido de Carbono.

Fig. 9 – Ciclo de Calvin.


Factores que influenciam na actividade fotossintética

O processo fotossintético pode sofrer influência de factores abióticos tais como: Intensidade luminosa, dióxido de carbono e Temperatura.

Intensidade luminosa

A taxa da fotossíntese varia com a intensidade da energia luminosa. Mantidos constantes outros factores o aumento da intensidade luminosa eleva a taxa de fotossíntese até que um valor máximo seja alcançado.

Concentração de Dióxido de Carbono

A taxa fotossintética aumenta com o aumento da concentração de dióxido de carbono até atingir um determinado valor (ponto de saturação). A partir desse valor, a taxa fotossintética mantém-se constante sendo o ponto de saturação variável consoante as plantas.

• Temperatura

A intensidade da fotossíntese aumenta com temperatura até determinado valor (temperatura óptima), a partir do qual decresce por ocorrer a desnaturação das enzimas que catalisam as reacções químicas.

Fig. 10 – Variação da taxa fotossintética com a temperatura, concentração de CO2 e a intensidade luminosa.

Referências bibliográficas

MINEDH. Módulo 5 de Biologia: Fisiologia Vegetal. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.

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