Outras fontes de libertação de energia: fermentação alcoólica, láctica e acética
Outras fontes de libertação de energia: fermentação alcoólica, láctica e acética
Alguns
seres vivos como as bactérias e células do nosso corpo consegue a energia
necessária para as suas actividades através de reacções entre moléculas
orgânicas na ausência de oxigênio.
Esta
forma de obtenção de energia envolve a fermentação, onde as moléculas orgânicas
são degradadas em compostos simples.
Fermentação
Definição:
A
fermentação consiste num conjunto de reacções enzimáticas de transformações de
matéria orgânica em inorgânica com libertação de energia sem uso do oxigénio.
Etapas da Fermentação
O
processo fermentativo ocorre no hialoplasma e o seu mecanismo químico envolve
duas etapas: a glicólise e a redução do ácido pirúvico.
Glicólise
A
glicólise é activada por duas moléculas de ATP originando um aldeído e uma
cetona de três átomos de carbono que, em seguida, se transformam em ácido pirúvico (piruvato) devido à intervenção da coenzima NAD, que se transforma em NADH.
A
redução do ácido piruvato pode ocorrer de formas diferentes originando os
diferentes tipos de fermentação.
Tipos de fermentação
Vamos
nesta lição fazer a abordagem de três tipos de fermentação que são: fermentação
alcoólica, fermentação láctica, fermentação acética .
Fermentação
Alcoólica
A
fermentação alcoólica ocorre nas leveduras e noutros microorganismos, sendo as
formadas duas moléculas do ácido pirúvico obtidas por degradação da glicose. Na
fase da glicólise são transformadas em duas moléculas de acetaldeidos que são
seguidamente reduzidas pelo NADH as duas moléculas de álcool etílico ou etanol
e as duas moléculas de dióxico de carbono. Os dois produtos dessa fermentação
são utilizados pelo Homem em algumas actividades: álcool etílico (ou etanol)
empregue na fabricação de bebidas alcoólicas (vinho, cerveja, aguardentes, etc.)
e o dióxido de carbono, importante na produção do pão.
Neste
tipo de fermentação existe um rendimento energético de duas moléculas de ATP
por uma molécula de glicose.
Fig. 12 – Esquema da fermentação alcoólica |
Fermentação
láctica
Na
fermentação láctica ocorre a conversão imediata de duas moléculas de ácido
pirúvico em duas moléculas de ácido láctico ou lactado, não havendo libertação
de dióxido de carbono. O ácido láctico obtido nesse tipo de fermentação baixa
ao pH provocando coagulação das proteínas do leite e a formação do coágulo
usado na fabricação de iogurte e queijos. A fermentação láctica também pode
ocorrer nas células do tecido muscular de alguns organismos superiores, como no
Homem, o que acontece sempre que os músculos são solicitados a fazer grande
esforço e a quantidade de oxigénio fornecida pelo sangue não é suficiente para ocorrer
respiração aeróbica.
Na
fermentação láctica existe um rendimento energético de duas moléculas de ATP
por uma molécula de glicose.
Fig. 13 – Esquema da fermentação láctica |
Fermentação
acética
Na
fermentação acética as moléculas de piruvato são transformadas em ácido acético
e dióxido de carbono. Este tipo de fermentação origina o vinagre.
Referências
bibliográficas
MINEDH. Módulo 4 de Biologia: Citologia. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.
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