Sistema Reprodutor: Sistemas reprodutores nos Invertebrados e Vertebrados
Sistema Reprodutor
Todos
os seres vivos têm um tempo de vida limitado. Para assegurar a continuidade da
vida, todos os seres vivos têm de se reproduzir.
A reprodução
é uma característica fundamental dos seres vivos através da qual estes
asseguram a perpetuação das espécies garantindo assim a continuidade da vida na
terra.
Na
natureza os processos de reprodução são muito variados e geralmente se agrupam
em dois processos básicos: reprodução assexuada e reprodução sexuada.
A
reprodução sexuada caracteriza-se pela intervenção de gâmetas (célula masculina
e célula feminina) ou seja a fecundação.
A
reprodução assexuada caracteriza-se por manter as características genéticas dos
indivíduos.
Nesta
lição você vai estudar o sistema de reprodução de alguns invertebrados e
vertebrados.
Sistemas reprodutores nos invertebrados
Sistemas
reprodutores nos invertebrados (planária e minhoca). Certos animais invertebrados
como, a planária e a minhoca são denominados hermafroditas, pois que num mesmo
indivíduo existem órgãos sexuais masculinos e femininos.
Neste
caso, dois animais copulam trocando os materiais genéticos e a fecundação
ocorre internamente.
A
figura que se segue representa o aparelho reprodutor da planária (hermafrodita)
onde você pode ver a existência de órgãos masculinos e femininos no mesmo
indivíduo e o processo de cópula.
Fig. 14 – Sistema reprodutor da planária e processo de cópula. |
Na
minhoca existem na face ventral dos segmentos três pares de orifícios. Cada
orifício é a abertura de uma bolsa musculosa denominada receptáculo seminal.
Os
receptáculos seminais armazenam os espermatozoides recebidos de um parceiro
durante o acto sexual.
Na
região do clitelo existe um orifício, o poro genital feminino, que se conecta
internamente a um tubo através de duas estruturas em forma de funil, os
oviductos. Estes captam os óvulos produzidos por um par de ovários e os
conduzem até ao poro genital feminino.
O
aparelho reprodutor masculino da minhoca consiste em dois pares de testículos
dois pares de vesículas seminais um par de tubos seminíferos, um par de
glândulas prostáticas e um par de poros genitais masculinos. Junto aos poros ,
na parte externa do corpo, existem estruturas (as papilas genitais) cuja função
é manter as minhocas unidas durante o acasalamento.
Fig. 16 – Aparelho reprodutor da minhoca |
Sistemas de reprodução de alguns
vertebrados
Sistema de reprodução nos peixes
Na maior
parte dos peixes a fecundação é externa, isto é, as fêmeas libertam milhares de
óvulos para a água e os machos libertam os espermatozoides que depois se fundem
na água originando os ovos. No entanto existem algumas espécies de peixe que
produzem poucos óvulos e têm fecundação interna e depois lançam os ovos para a
água. Estes ovos vêm protegidos por uma cápsula resistente que os protege
durante o desenvolvimento.
Sistema de reprodução nos anfíbios
Na
maioria dos anfíbios a fecundação é externa. O processo de acasalamento nos
sapos e rãs, consiste em o macho segurar a fêmea apoiando-se nela o que
desencadeia por parte de ambos a libertação de gâmetas na água que depois se
fundem. O desenvolvimento é indirecto.
Os
ovos desenvolvem-se por metamorfoses (larva, girino e adulto).
Sistema de reprodução nas aves
Em
todas as aves ocorre a fecundação interna. Nas aves, os embriões têm de ser
mantidos à temperatura do corpo para que se desenvolvam. Esta temperatura é
mantida pela incubação que pode durar duas, três ou mais semanas, antes que os
pintos nasçam. Estes recebem os cuidados da mãe por serem cegos, incapazes de
se alimentar e penas insuficientes para se manterem aquecidos.
Sistema de reprodução nos mamíferos
Assim
como as aves todos os mamíferos apresentam fecundação interna.
Nos
mamíferos a estrutura do útero vária imensamente. As fêmeas do canguru, por
exemplo têm útero e vagina duplos, a coelha tem uma só vagina e útero duplo, a
vaca um útero bicorne em que existe uma divisão incompleta e no ser humano
(mulher), existe um único útero triangular.
Enquanto
o embrião cresce no interior do útero materno, é abastecido pelo oxigénio e
alimento a partir do sangue da mãe através da placenta e a sua temperatura é
mantida constante e elevada.
Após
o nascimento, os recém nascidos ficam dependentes da mãe em absoluto em relação
ao leite materno até que possam ingerir alimentos sólidos.
Os
mamíferos fertilizam os seus óvulos no interior do corpo da fêmea por copulação.
Este
processo é vantajoso, porque:
- Há maior probabilidade de os gâmetas se encontrarem devido ao facto de a fecundação ocorrer em espaço limitado;
- Há tendência de se produzir um número relativamente reduzido de óvulos que se reflecte em menos gasto fisiológico da fêmea;
- O ovo em desenvolvimento pode crescer protegido pelo organismo materno.
Referências
bibliográficas
MINEDH. Módulo 7 de Biologia: Fisiologia Animal – Evolução dos Sistemas Nervoso, Hormonal e Reprodutor. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.
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