Expansão holandesa, inglesa e francesa
Expansão holandesa, inglesa e francesa
A partir do século XVII, a Holanda, a Inglaterra e a França
começaram a mostrar interesse em participar na expansão. Este interesse
despertou quando estes países se aperceberam que Portugal e Espanha acumulavam
bastante riqueza com o comércio internacional.
Entre as duas vagas expansionistas podem-se indicar
algumas diferenças:
Contrariamente a Portugal e Espanha, cujos reis eram os
principais patrocinadores da expansão, na Holanda, Inglaterra e Franca essa expansão
foi financiada por companhias.
Se Portugal e Espanha se dirigiram para a América do Sul
e Central, Africa e Asia, a Holanda, Inglaterra e França dirigiram-se para a
América do Norte, África e Ásia.
Expansão holandesa
A segunda fase da expansão europeia iniciou com a expansão
dos holandeses. Em 1652 chegavam å cidade do Cabo, Africa do Sul, os primeiros
holandeses.
A expansão holandesa teve como maiores protagonistas duas
grandes companhias marítimas fundadas no século XVII:
- Companhia das Índias Orientais (1602)
- Companhia das Índias Ocidentais (1621)
Conquistas holandesas
Nas Caraíbas, a Holanda conquistou a Ilha de Coração,
tornando-a num importante centro de pirataria.
Na Asia, através da Companhia Holandesa das Índias
Orientais, a Holanda retirou aos portugueses o controlo das ilhas Indonésias,
Malaca e Ceilão e das feitorias do extremo Oriente.
Enquanto isso, no Atlântico, a Companhia Holandesa das Índias
Ocidentais ocupou por algum tempo o Nordeste do Brasil, São Tomé e Luanda,
fixando-se na Mina e Cabo da Boa Esperança.
Com estas conquistas, a Holanda tornou-se a maior potência
marítima do século XVII.
Expansão inglesa
O poderio holandês nos mares vigorou até 1672. A partir
de meados do século XVII, a Inglaterra passou a ser a maior potência marítima,
possuindo o maior império colonial europeu da altura.
A ascensão da Inglaterra deveu-se à intervenção do
Estado, que tomou medidas para estimular a navegação e o comércio colonial
inglês.
Entre as principais medidas do governo inglês contam-se:
- A criação da Companhia das Índias Orientais, que passou a controlar grande parte do comércio desenvolvido na costa do índico.
- A prática da pirataria (apoiada pela coroa inglesa), pela qual navios de diferentes países eram interceptados no mar pelos navios ingleses que levavam as embarcações e as respectivas mercadorias para a Inglaterra.
- A promulgação do Acto de Navegação em 1651, através da qual Oliver Cromwell promulgou o que constituiu um instrumento-chave para a promoção da navegação inglesa.
Conquistas inglesas
Na América Latina, os ingleses conquistam e apoderam-se
das ilhas espanholas da Jamaica, Bahamas entre outras. Nos finais do século
XVII, os ingleses chegam ä América do Norte.
Fig. 29 – Fixação dos europeus na América do Norte |
A companhia britânica era uma organização formada
por mercadores Londrinos, que durante dois séculos e meio transformou os
privilégios comerciais na Ásia num império centrado na Índia. Licenciada em
1600, a companhia logo perdeu as ilhas Molucas para os holandeses. Em 1700, porém,
já havia assegurado importantes portos comerciais na India, principalmente
Madras, Bombaim e Calcutá. A um século de expansão, a Companhia Britânica das
Índias Orientais emergiu como o grande Órgão europeu na India, apesar da forte
disputa com os franceses.
Expansão francesa
A Franca lançou-se na expansão, sob a iniciativa dos seus
ministros, sobretudo o Cardeal de Richelieu e Jean-Baptiste Colbert, no século
XVII, num processo que levou os franceses ao Canadá e à FIórida, na América do
Norte, bem como a Guadalupe, Granada e Ilhas de Martinica, nas Caraíbas.
Os franceses ocuparam ainda colónias no Oceano Índico, na
África e na Ásia, com o objectivo de desenvolver plantações.
No século XVIII, em virtude da Guerra dos Sete Anos
(1756-1763), a França perdeu grande parte dos seus territórios coloniais a
favor da Inglaterra. Esta fundaria então o Império da India, alargando os seus territórios
coloniais na América do Norte.
Bibliografia
Sumbane, Salvador Agostinho. H9 - História 9ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo: 2017.
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