Estrelas, planetas e cometas

Estrelas, planetas e cometas

Estrelas

Estrela é um corpo celeste luminoso formado por plasma. Por causa da sua pressão interna, produz energia por fusão nuclear, transformando moléculas de hidrogénio em hélio. A estrela mais próxima da Terra -- depois do Sol, a principal responsável pela sua iluminação – é a Próxima Centauri, que fica a 40 triliões de quilómetros, ou 4,2 anos-luz.

As estrelas menores que o Sol tem menor temperatura e o seu brilho é alaranjado ou avermelhado. As estrelas como o Sol têm temperatura média e o seu brilho é amarelado enquanto que as maiores têm maior temperatura e um brilho branco-azulado.

As estrelas visíveis aparecem como pontos brilhantes e cintilantes (por causa de distorção óptica causada pela atmosfera) no céu nocturno, å excepto do Sol que devido å sua proximidade é visto como um disco e é o responsável pela luz do dia. O uso comum da palavra estrela nem sempre reflecte o verdadeiro objecto astronómico: todos os pontos cintilantes no céu são frequentemente chamados estrelas, apesar de poderem ser planetas visíveis, meteoros, galáxias, nebulosas e cometas.

As constelações são agrupamentos aparentes de estrelas, os quais os astrónomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objectos. Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a alguma constelação. As constelações nos ajudam a separar o céu em porções menores, mas identificá-las é em geral muito difícil.

As estrelas de uma constelação só estão aparentemente próximas na esfera celeste, pois na verdade estão a distâncias reais diferentes.

As constelações surgiram na antiguidade para ajudar a identificar as estações do ano. Por exemplo, a constelação do Escorpião é típica do Inverno do hemisfério sul, já que em Junho ela é visível a noite toda. Já Órion é visível a noite toda em Dezembro e, portanto, típica do Verão do hemisfério sul. Alguns historiadores suspeitam que muitos dos mitos associados às constelações foram inventados para ajudar os agricultores a lembrarem quando deveriam plantar e colher.


Planetas

Os Planetas são corpos celestes sem luz e calor próprios, sólidos, arredondados e com gravidade própria, os quais giram em torno de uma estrela maior (Orbita livre), que no caso do planeta Terra é o Sol. Assim, no espaço em que o frio chega a 270 oc abaixo de zero, giram inúmeras esferas iluminadas por seus respectivos sóis.

Como todos os demais corpos, os planetas e as estrelas atraem outros corpos para junto de si. O Sol, ao seguir a sua Orbita no espaço, atrai planetas que giram ao seu redor, enquanto os planetas atraem os seus respectivos satélites.

A velocidade com que os satélites giram em torno de seu planeta e os planetas ao redor do Sol, lhe confere uma força centrifuga, que os impulsiona para fora de sua Orbita, essa força neutraliza a da gravidade que os atrai em direcção ao Sol. Como duas forças contrárias se anulam, os planetas e os satélites se mantêm numa Orbita constante.


Cometas

Apesar da sua origem não estar ainda devidamente esclarecida, o modelo mais recente aponta para uma génese a partir da condensação de gases e poeira interestelar, na mesma nuvem da qual se formaram o Sol e os planetas.

Actualmente, alguns cientistas associam os cometas origem da Vida e às grandes extinções de espécies, ocorridas, por diversas vezes, ao nível da biosfera.

O cometa Halley é, sem dúvida, o mais popular. Tem aparecido em intervalos periódicos de 76 anos. A última aproximação à Orbita da Terra foi em 1986 e a próxima será em 2062.

Os cometas são corpos pequenos, geralmente de poucos quilómetros de diâmetro, que giram à volta do Sol e descrevem orbitas muito excêntricas, em forma de elipse. Ao contrário dos planetas que seguem as suas trajetórias normais, os cometas, devido å sua reduzida massa, estão sujeitos a todo o tipo de influências gravitacionais. Assim, quando os cometas se deslocam podem ser desviados da sua trajectória, capturados por um planeta, sofrer fragmentação, etc.

Quando um cometa se encontra afastado do Sol, o seu aspecto é duma pequena mancha luminosa; medida que se aproxima dele, o material começa a evaporar-se. Nesta situação, é possível distinguir três partes: um núcleo, mais ou menos brilhante com dimensão aproximada de 15 km), uma nuvem luminosa - a cabeleira - que o rodeia e uma comprida cauda esbranquiçada .com um comprimento de pelo menos 10 km). A cabeleira é constituída por gases, vapor de água e poeiras.

A cauda é formada por gases ionizados, soprados do núcleo por radiação solar aquando da sua aproximação do Sol.

Em cada passagem próxima do Sol, os cometas vão perdendo material devido à desintegração deste. As infinitas partículas desagregadas, ao cruzarem a Orbita da Terra, dão origem às chamadas «chuvas de meteoros» ou «chuvas de estrelas».

Outros corpos celestes

Diariamente, entram na atmosfera terrestre milhares de meteoros. No entanto, a sua grande maioria apresenta dimensões tão pequenas que, por efeito do atrito com a atmosfera, desintegram-se completamente, deixando apenas um rasto luminoso. São, por isso, conhecidos por «estrelas cadentes».

Em cada 24 horas consomem-se, em média, cerca de 20 milhões de meteoros na atmosfera.
Outros grânulos, também de pequenas dimensões (menos de 5 mícrons), não chegam sequer a oferecer resistência ao ar para se queimarem, atingindo assim a superfície terrestre - são os micrometeoritos, difíceis de reconhecer.

No entanto, há outros corpos, de maiores dimensões, que também atingem a superfície terrestre - os meteoritos. Variando entre alguns gramas e várias toneladas de peso, conseguem resistir aos efeitos do calor e da violenta fricção com a atmosfera.
Até à década de 70, os meteoritos eram as únicas amostras do nosso sistema planetário a que o Homem teve acesso.

Existem ainda os asteroides: que são pequenos corpos celestes que se situam sobretudo entre as Orbitas de Marte e Júpiter. Também se lhes dá o nome de «pequenos planetas».
Os maiores asteroides conhecidos são Ceres e Palias, com cerca de 770 km e 480 km de diâmetro, respectivamente. Todos esses corpos rochosos descrevem orbitas muito próximas, chocando por vezes com violência e fragmentando-se, assim, os meteoritos correspondem a pedaços de asteroides que, ao abandonarem a sua trajectória normal, foram atraídos pela Terra.

Corpos celestes


Bibliografia
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.

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