Filo Traqueophyta: Características Gerais e os Seus Subfilos

Filo Traqueophyta

As traqueophyta (traqueófitas) são plantas vasculares que apareceram há cerca de 430 milhões de os anos.

São consideradas plantas verdadeiramente terrestres devido à existência de um sistema vascular formado por tecidos condutores especializados.

Apresentam vários subfilos, mas apenas dois compreendem organismos que nos são familiar, como por exemplo o polipódio.

Características Gerais

As traqueófitas são caracterizadas por:

  • Formação de um esporófito independente e dominante no ciclo de vida da planta;
  • Presença de um sistema vascular de transporte ao longo da planta (de onde resulta a designação de plantas vasculares).
  • Apresentar órgãos especializados: folhas, caule e raízes.
  • Presença de cutícula e estomas (de modo a impedir a dissecação, mas permitir as trocas gasosas).
  • Formação de sementes na maioria dos casos.

Subfilos do filo das traqueophyta

Nas traqueófitas podem-se considerar vários subfilos, porém, vamos aqui destacar apenas duas consideradas mais importantes que são: Subfilo das Pterodophyta (lê-se pteridófitas) e subfilo Espermatófitas.

Subfilo Espermatófitas

A maioria das plantas deste subfilo apresenta órgãos reprodutores evidentes (fanerógamas) e formam sementes. Fazem parte deste grupo as Gimnospermas e Angiospermas.

Subfilo Pterodophyta (Pteridófitas)

São plantas vasculares menos evoluídas que não formam sementes e são por isso denominadas plantas sem semente. A reprodução pode ser assexuada (por brotamento) e sexuada (alternância de gerações).

O representante mais conhecido é o polipódio que pertence a classe filicinae (lê-se filicíneas).

As filicíneas habitam em lugares onde a temperatura, a luz e a humidade são favoráveis. Apresentam um rizoma (caule horizontal) com raízes que lhes permitem fixarem-se. As folhas apresentam vasos condutores (xilema e floema), que transportam água, sais minerais e substâncias orgânicas respectivamente.

Figura 4: Estrutura do Polipódio.


Ciclo de vida do Polipódio

Ao atingir a maturidade sexual, desenvolve estruturas chamadas soros, que ficam nos esporângios, dentro dos quais há células que sofrem meiose e originam os esporos. Ao cair sobre um local húmido, um esporo desenvolve-se para uma plantinha haplóide, achatada e em forma de coração, denominada protalo. O protalo é um gametófito hermafrodita que apresenta estruturas reprodutivas masculinas, os anterídeos e femininas, os arquegónios. Nos anterídeos formam-se os anterozóides, em cada arquegónio forma-se uma oosfera. Quando maduros, os anterídeos libertam os anterozóides. Na presença da água nadam sobre a superfície do protalo até o arquegónio, onde um deles fecunda a oosfera.

O zigoto desenvolve-se no interior do arquegónio, originando uma plantinha diplóide, o esporófito, que dará origem a uma pteridófita adulta.

Esta formará esporos haplóides repetindo o ciclo.

Figura 4: Ciclo reprodutivo de um polipódio.


Referências bibliográficas

MINEDH. Módulo 2 de Biologia: Estudo e Classificação dos seres vivos do reino plantae. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.

Comentários