Trocas gasosas no Homem

Trocas gasosas no Homem

Todo o ser humano tem necessidade de oxigénio. A renovação constante do protoplasma, não se pode fazer sem a intervenção do oxigénio, que combinando-se com as substâncias orgânicas, as oxida e transforma-as. Esta transformação é acompanhada pela libertação de dióxido de carbono, mas, como a acumulação deste gás no organismo é prejudicial, é necessário eliminá-lo.

Vemos, pois, que entre os seres vivos e o meio que os cerca tem de se realizar uma dupla troca gasosa, que consiste na absorção do oxigénio e eliminação do dióxido de carbono.

Os órgãos do sistema respiratório no qual se realizam estas trocas gasosas, são os pulmões.

Estrutura dos pulmões do Homem

Um pulmão humano é um órgão esponjoso com aproximadamente 25 cm de comprimento e 700 g de peso. O pulmão direito é ligeiramente maior do que o esquerdo e está dividido em três lóbulos. Já o pulmão esquerdo tem apenas dois lóbulos.

Na face interna de ambos os pulmões existe uma abertura por onde passam os brônquios, as artérias pulmonares e as veias pulmonares.

O pulmão é envolvido por duas membranas denominadas pleuras. A pleura interna está aderida a superfície pulmonar, enquanto a pleura externa está ligada a parede da caixa torácica. Entre as pleuras há um espaço preenchido por líquido que permite que as pleuras se deslizem uma sobre a outra, durante os movimentos respiratórios.

Fig. 12 – Pulmões Humanos e componentes do sistema respiratório


Ventilação pulmonar – movimentos respiratórios

A ventilação pulmonar depende dos músculos intercostais e do diafragma.

A entrada do ar nos pulmões, a inspiração, ocorre quando há contracção da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma baixa e as costelas levantam-se o que aumenta o volume da caixa torácica forçando o ar a entrar nos pulmões.

A saída de ar dos pulmões, a expiração, ocorre quando há relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costela baixam o que diminui o volume da caixa torácica forçando o ar a sair dos pulmões.

Fig. 13 – Movimentos respiratório do Homem

 

Oxigénio (O2)

Dióxido de Carbono (CO2)

Ar inspirado

21%

003%

Ar expirado

14%

5%

 

Funções dos alvéolos pulmonares

Cada pulmão é constituído por cerca de 150 milhões de alvéolos pulmonares. Estes são pequenas bolsas de paredes finas e recobertas por capilares sanguíneos. É nos alvéolos pulmonares que se dão as trocas gasosas, isto é a hematose pulmonar.

Na hematose pulmonar, o oxigénio passa dos alvéolos pulmonares para o sangue e o dióxido de carbono do sangue para os alvéolos pulmonares. Esta passagem ocorre através de difusão.

A difusão dá-se através de duas camadas celulares que separam o ar alveolar do plasma sanguíneo: uma é a membrana dos próprios alvéolos pulmonares e a outra é a membrana dos capilares sanguíneos que envolvem os alvéolos.

Fig. 14 – Hematose nos alvéolos pulmonares


Doenças do sistema respiratório

Existem várias doenças do sistema respiratório as quais se destacam as seguintes:

  • Asma – é uma inflamação crónica dos brônquios. Ocorre inchaço dos bronquíolos e grande produção de catarro. O estreitamento e as contracções excessivas dos brônquios dificultam a passagem do ar. O sintoma da asma é a dificuldade respiratória.
  • Pneumonia – é uma doença que afecta os alvéolos pulmonares. A maior parte das vezes é causada por bactérias , vírus ou fungos. Os microrganismos, uma vez instalados nos alvéolos, provocam uma infecção, com aumento de secreção de muco, que se acumula nos alvéolos, dificultando a hematose pulmonar.
  • Tuberculose – É uma infecção causada por bactéria Mycobacterium tuberculosis, que se instala geralmente nos pulmões. Os alvéolos pulmonares inflamam-se e sofrem necrose (morte celular). Os sintomas da tuberculose pulmonar são: febres, suores nocturnos, fraqueza perda de apetite e peso.
  • Bronquite – A bronquite é a inflamação dos brônquios que ocorre quando os seus minúsculos cílios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. O acumular de secreção faz com que os brônquios fiquem permanentemente inflamados e contraídos. Os principais sintomas são: tosse, falta de ar e chiado.

Referências bibliográficas

  • MINEDH. Módulo 6 de Biologia: Fisiologia Animal – Evolução dos Sistemas Respiratório, Digestivo, Circulatório e Excrector. Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d.

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